quinta-feira, 16 de abril de 2009

A Sede

A vingança destrói.
Essa sede de causar mal, como se compensasse o mal sofrido.
Fomentada pela raiva, pelo ódio, pela desconfiança.
A vingança mata e corrói o vingador.
Não serve de nada, a não ser para dispensar a energia acumulada na carne pelos pensamentos nefastos.
Vem do fundo do peito, da alma retorcida. Vem com força e egoísmo. Vem do nada.
As mentiras provocam esta sede. Se há algo a se odiar nesse mundo, eu odeio as mentiras e as omissões. Eu odeio quem mente e me odeio quando minto.
Sinto a traição da mentira me puxar o tapete e trazer a sede.
Todos sentimentos malditos, da nossa condição humana impura. Desgraças sublimadas aqui, como se o lápis rasgasse o papel qual a espada rasga a carne.
Como se as letras escorressem do sangue, ao revidar a apunhalada nas costas...

Pela alma esmagada.

Pelo coração partido.


-Nina

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