terça-feira, 21 de julho de 2009

Aos nobres amigos e amigas

O "Dia do Amigo" passou e, embora eu não tenha feito grandes telefonemas ou enviado mensagens, lembrei com carinho de todos que significam muito pra mim. Quem me conhece sabe qual a minha forma de demonstrar esse carinho e sabe que um telefonema não é necessário.
Recebi esse texto por email. Um tanto triste, mas com a reflexão ideal. Não sei o autor, mas dou a ele os méritos.
"Um dia, a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudade de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano. Enfim... do companheirismo vivido.
Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez, continuemos a nos encontrar. Quem sabe nos emails trocados... Podemos nos telefonar, conversar algumas bobagens... Passarão dias, meses, anos... até este contato se tornar cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E isso vai doer tanto. A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando nosso grupo estiver incompleto, nos reuniremos para um último adeus de um amigo. Entre lágrimas, nos abraçaremos. Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida isolada do passado.
E nos perderemos no tempo mais uma vez.

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixe que a vida passe em branco e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades..."
“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos”
Vinícius de Moraes
A saudade precisa ser prazerosa e não sofrida... Não esperem a saudade doer!



-Nina

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quinta-feira, 16 de abril de 2009

A Sede

A vingança destrói.
Essa sede de causar mal, como se compensasse o mal sofrido.
Fomentada pela raiva, pelo ódio, pela desconfiança.
A vingança mata e corrói o vingador.
Não serve de nada, a não ser para dispensar a energia acumulada na carne pelos pensamentos nefastos.
Vem do fundo do peito, da alma retorcida. Vem com força e egoísmo. Vem do nada.
As mentiras provocam esta sede. Se há algo a se odiar nesse mundo, eu odeio as mentiras e as omissões. Eu odeio quem mente e me odeio quando minto.
Sinto a traição da mentira me puxar o tapete e trazer a sede.
Todos sentimentos malditos, da nossa condição humana impura. Desgraças sublimadas aqui, como se o lápis rasgasse o papel qual a espada rasga a carne.
Como se as letras escorressem do sangue, ao revidar a apunhalada nas costas...

Pela alma esmagada.

Pelo coração partido.


-Nina

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