Te olho nos olhos e você reclama...
Que te olho muito profundamente.
Desculpa,
Tudo que vivi foi muito profundamente...
Tudo que vivi foi muito profundamente...
Eu te ensinei quem sou...
E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.
E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre,
Não importava o que os outros dissessem.
Não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse possibilidade...
De me inventar de novo.
De me inventar de novo.
Desculpa...
Desculpa se te olho profundamente,
Desculpa se te olho profundamente,
rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços.
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços.
A ponto de ver a estrada...
Onde ficam seus passos.
Onde ficam seus passos.
Eu não vou separar minhas vitórias
Dos meus fracassos!
Dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;
Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando profundamente.
Te olhando profundamente.
- "Desculpa" - na voz de Ana Carolina
- composição de Fabrício Carpinejar
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